Eu parei e perguntei para o pai de todo o conhecimento: Google!
E ele me veio com umas musicas do Wesley Safadão que não me faziam o menor sentido.
Então, meus amigos, eu apelei para a mais bela e velha filosofia.
Já era tipo sete da manhã e eu não tinha chegado a conclusão nenhuma, liguei a televisão e estava passando um filme de circo e então eu pensei: "Caraca! É isso!"
A diferença entre a paixão e o amor está na qualidade e experiência do trapezista!
Isso não faz o menor sentido. Eu sei.
Só que dessas frases clichês de facebook que dizem que "nós somos seres condenados a nossa própria solidão" até que fazem algum sentido...
Ninguém pode sentir as suas próprias dores, os seus prazeres, ninguém pode levantar da cama e ir fazer xixi por você, se pudesse eu iria pedir o tempo todo, porque vivo segurando.
O problema é que tanto o amor, quanto a paixão, são olhos que apontam para fora e eles mostram pra gente coisas tão lindas que fazem, por um momento, a gente acreditar que a gente não está sozinho.
Tanto quanto os trapezistas, a gente abre mão da nossa segurança e começa a balançar no trapézio das nossas escolhas, forçando limites de nós mesmos e calculando, sabe Deus com que critérios, a hora certa de largar a corda e fazer o salto.
São as mãos que transpiram, o coração que bate acelerado.
A vida passa tão rápido que a gente acaba tendo que escolher entre viver e se proteger.
"Mas que merda! por que nossa juventude não dura duzentos anos?"
Até aqui a paixão e o amor se comportam exatamente da mesma maneira.
É na hora de largar a barra que começam as diferenças.
O amor nos ensina o momento certo de se jogar, o momento em que os relógios se ajustam e os planetas se alinham. E a gente sabe que tem alguém ali, do outro lado, respirando junto. Atento aos nossos movimentos. Vibrando na mesma frequência, com os braços fortes e abertos pra amparar o nosso salto.
Já os apaixonados são loucos, eles saltam sem saber se tem alguém do outro lado, talvez por instinto, ou, sei lá, porque acham que estão fazendo a coisa certa.
São, sem duvida, os saltos mais emocionantes.
A maioria das vezes os apaixonados se esborracham no chão, outras vezes eles são amparados meio que pelo reflexo do parceiro que está ali do outro lado, mas esses são os saltos que valem muito a pena, porque quando da certo, quando dá certo... Dá certo!
Porque ai você atirou no escuro e acertou.
Caralho!
E ai são as historias mágicas, os livros, as poesias, as cartas, as flores, os colares, os beijos, as camas, as banheiras, os olhares...
A diferença entre o amor e a paixão é que na paixão a gente salta e "seja o que Deus quiser", já o amor é uma troca de papeis, onde aquele que ampara se confunde com aquele que salta. Fazem saltos individuais e pluft! Estão juntos de novo.
Eu estava vendo aqui na TV, como são lindas e sofisticadas as coreografias dos amantes e como são excitantes os saltos dos apaixonados.
Pra resumir tudo isso: Paixão é sorte e amor é ensaio, muito ensaio!
